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Tenho muita força, uma longa história e um bom coração...
com muita energia:
lembro das vidas que fiz
das que tirei e das vidas que viví,
das vezes que fui traido e as torturas que sofri...
Os horrores das guerras presenciei,
a paz cultivei, o perdão multipliquei,
não esqueço os gritos que ouví e as dores que senti...
Tantas vezes fui detido, muitas vezes fugi, minhas forças o tempo multiplicou, correntes quebrei, muralhas atravessei, no fundo do mar morei,
no gêlo não congelei, pedras lapidei, tesouros escondí,
livre continuo minha caminhada em busca das pessoas que escolhí...
Na fogueira,
na forca,
na espada,
até na cruz a morte encontrei...
Tantas vezes me mataram e nunca morrí...
O que vejo você não percebe, o que escuto você não ouve,
o que sinto você não sabe e o que faço você não entende...
Meus olhos de Lince veem tudo,
leio teus pensamentos,
não tentem me deter,
tenho a Natureza como aliada,
nela encontro minhas forças,
minhas espadas, meus escudos e meus companheiros...
Sei a luz que me guia, sou imune ao teu veneno,
registrado no sistema, sei que em tudo hoje sou monitorado,
ciente que sou vigiado a tecnologia engano,
rastros vou deixando e minhas histórias escrevendo...
Em Pernambuco a água do São Francisco bebi,
aprendi os segredos das luzes, dos sons e dos números,
contas fiz, equações resolvi,
códigos decifrei, letras e números juntei,
no livro dos segredos meu nome assinei,
em Campina Grande, um cego me ensinou como me defender das armadilhas na escuridão,
em Santarém e na Ilha do Marajó, os Índios me ensinaram os segredos das florestas,
fiz de tudo, lembro de tudo, eu sou tudo e nada tenho,
tudo que aprendi ensinarei se você me permitir...
Nas esferas das vidas muitos símbolos conheci, muitas Victórias encontrei,
sei que sou seguido, mas meu caminho não mudarei,
em vida deixei meus rastros,
com a régua risquei a reta infinita dos meus limites,
com o compaço a espiral evolutiva desenhei,
na velocidade da luz me transporto,
unindo o futuro ao passado, vejo o começo e o fim...
A Arte me alimenta, em teu Planeta não sou o que você é,
não adianta me prender nem me matar,
mil vezes me mataram e nunca morri...
O sangue derramado e as lágrimas que ví,
levo em minha memória e não desejo a ti,
porque só eu sei, o que sofri...
Te desejo a PAZ.
Ferreira-Neto, Antonio da Cruz.
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Não sou aqueles, eu sou ele...
ResponderExcluirTe desejo saúde, justiça e PAZ.